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Quando a Twitch foi lançada? Conheça a história da plataforma de lives

Logo da Twitch

A Twitch, apelidada carinhosamente de “roxinha” pela comunidade, transformou-se na maior plataforma de lives do mundo gamer desde sua fundação em 2007 como Justin.tv. O que começou como um experimento desacreditado de reality show 24 horas evoluiu para um negócio bilionário em menos de uma década, sob o comando de Justin Kan, Emmett Shear, Michael Seibel e Kyle Vogt.

Um investidor cético, o professor Robert Morris, financiou o projeto dizendo a Kan: “Vou investir só para ver você se fazer de idiota”. A plataforma abriu para usuários comuns meses após o lançamento, segmentando conteúdos em jogos, esportes e notícias, mas o boom da categoria de games levou à criação da TwitchTV em junho de 2011 como spin-off dedicado.​

Em 2014, a Justin.tv encerrou operações para concentrar esforços na Twitch, que já atraía 35 milhões de visitantes mensais e tinha 100 funcionários em São Francisco. Negociações com o Google por US$ 1 bilhão fracassaram devido a temores de monopólio no YouTube Gaming, abrindo caminho para a Amazon adquirir a plataforma por US$ 970 milhões.

Emmett Shear assumiu como CEO, integrando sinergias como o Twitch Prime (hoje Prime Gaming) para assinantes Amazon Prime, com itens grátis e jogos. Aquisições como Curse (2016) adicionaram comunidades de games e vendas in-stream, enquanto ferramentas como AutoMod (2016) usaram IA para moderação de chat.​

Twitch sempre precisou lidar com problemas e polêmicas

A Twitch sempre lidou com polêmicas sobre nudez e conotação sexual. Em 2016, a streamer Zoie Burgher, com quase 1 milhão de inscritos no YouTube, foi banida permanentemente por jogar Call of Duty: Black Ops 3 de lingerie, mesmo inativa há um mês, gerando debates sobre punições retroativas. O fenômeno das “hot tubs” (lives em banheiras com trajes de banho) explodiu, levando à criação da categoria “Pools, Hot Tubs & Beaches”. Regras atuais permitem biquínis ou sungas em praias, piscinas ou shows, mas proíbem transparências em nádegas, mamilos ou genitálias, aceitando decotes. Essas diretrizes alimentam discussões constantes sobre consistência na moderação.​

Outubro de 2020 marcou uma purga massiva por violações de DMCA (lei americana de direitos autorais), iniciada em junho. Streamers receberam e-mails sobre remoção automática de VODs (vídeos gravados) com músicas de fundo não autorizadas, sem detalhes sobre quais clipes, criando pânico para evitar “strikes” e bans definitivos. A Twitch permite áudio apenas de músicas próprias, licenciadas ou da biblioteca Soundtrack by Twitch, com silenciamento automático de trechos infratores. Ondas semelhantes persistem, criticadas pela falta de transparência.​

Em outubro de 2021, um leak de 125 GB no 4chan expôs código-fonte, projetos como uma loja de jogos rival da Steam, ferramentas de segurança e pagamentos de streamers de agosto/2019 a outubro/2021. Brasileiros dominaram: Gaules com US$ 2,8 milhões e Alanzoka com US$ 1,7 milhão (de subs, ads e bits). Outros dados revelaram planos da Amazon, mas não afetaram usuários comuns, reacendendo debates sobre privacidade.​

Subs (subscribers) eram divididos 70/30 (streamer/Twitch), mas em setembro de 2022 mudaram para 50/50 acima de US$ 100 mil anuais a partir de junho/2023, com “contratos privilegiados” a 60-70% para tops. A justificativa foi sustentabilidade, compensada por mais revenue de ads. Em junho de 2023, proibiu anúncios externos (vídeos, áudio, banners grandes), limitando a logos discretas, revertida após backlash como “mal-entendido”, impactando streams de competições.​

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